Meio eu, Meio todos...



Hello amores. Rolando a barra de rolagem do tumblr, achei dois textos bem interessantes e que também mostram um pouco da minha personalidadde, porem escrito por outras pessoas. Então trouxe até vocês eles:
Ironicamente,
o sorriso não saia do meu rosto. Estava rodeada de pessoas, gritava, contava piadas sem graça (minha maior habilidade), falava, dançava… Estava lá mas ao mesmo tempo aquela não era eu. Meu mundo não era aquele. Estava bêbada pela quarta vez na semana e ainda nem tinha chegado na quarta-feira. Meus dias eram resumidos em trocar o dia pela noite, passando a noite em algum bar com pessoas que eu nem conhecia. Eu não lembrava de nada no outro dia, quer dizer, eu lembrava que começava a chorar: reclamando da vida merda que eu tinha, dos amores tristes que vivi, dos amigos que eu larguei antes que me largassem. Nunca sabia como eu tinha parado em casa. Ou como acordava sem roupa em uma cama de alguém que nunca tinha visto. Eu estava a mercê dessa vida de esquecimento. Quando eu tentava viver, a única coisa que me restava era chorar, pois a pessoa que me tornei não era a pessoa que eu pretendia ser, nem aqui, nem nunca.
Mas chegou a noite, e a única coisa que faria sentido era sair, beber com desconhecidos, rir, falar, gritar, contar piadas sem graça, dançar. Arrumei meu melhor sorriso no meu rosto cheio de maquiagem (disfarçando as olheiras) e já estava a procura de um novo bar para passar a noite.
—  O sorriso falso da garota deprimida.  
Sou, notoriamente, uma grande fã de Bukowski. Do seu jeito de pensar sobre a vida, ou melhor, de sentir a vida. Certa citação sua que li em alguma rede social de alguém tão desacreditado no ser humano quanto eu, me fez refletir mais sobre a jornada de cada um do que os anos que já vivi. Bem, ele dizia resumidamente que existia uma certa sintonia entre as dores e os poetas.  Ora, isso não é nada menor do que a verdade. Dor é sentimento. Sentimento é poesia. Eu sinto, logo, sou poetisa. Mas, ora, todo mundo sente. Sente?  Sentir. Sentir é amplo. Mas sentir, sentir mesmo, poucos sentem. Sentir extremante, sentir bastante, sentir mais do que mentir. Sentir cada pedaço das pessoas, sentir cada cheiro na rua, sentir cada luz que sai do céu, sentir cada escuridão que dói na alma, sentir cada voz que grita nos bueiros, sentir cada nota que toca nas músicas, sentir cada olhar que sai dos transportes, sentir cada gesto que sai do corpo. Isso é sentir. É desembrulhar pensamentos de modo em que tudo que foi visto, tocado ou escutado se transformasse em poesia. Nascendo assim, nós, os poetas. Aqueles que tem peles cortadas, estômagos marcados de remédios, sangue cheios de álcool ou pulmões cansados de cigarros. Nada românticos, muito romantizados. Afundados em suas dores ou dores dos outros. Sem vozes de tanto gritar socorro ou com dedos calejados de tanto escrever cartas de adeus. É, esses somos nós. Como dizia o chefe, Bukowski, os poetas e as dores. Esses, em minhas palavras, os maiores dependentes do sentir.” (07/12/2016, as 22:04 em algum lugar de João Pessoa).
- Martinha Barreto

Bom, são esses dois, quando eu li eu fiquei tipo, puts a pessoa tava pensando em mim, pois nao é possivel. Mas não, são apenas sentimentos e personalidades iguais e muitas vezes cotidianos que acabam descrevendo não só a mim, como o autor, como muitos por ai. Enfim, beijinhos <3

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