A gente finge, 
Finge que eu não existo,
Finjo que não lembro de você
Finge que não pensa em nós, 
Finjo que não lembro do teu sorriso,
Finge que não lembra do meu olhar,
Finjo que não penso em nossas brincadeiras
Finge que não lembra de ficar me olhando ao acordar,
Finjo que não lembro das nossas gargalhadas
Finge que não lembra da nossas brigas,
Finjo que nossas viagens nunca existiram,
Finge que não lembra de nós bêbados fazendo declarações um para o outro,
Finjo que suas crises de ciúmes nunca existiram,
Finge que nossas fugidas de madrugada só para se ver nunca existiram,
Finjo que nossos beijos nunca existiram,
Finge que nunca riu de mim na tpm,
Finjo que nunca escrevi nenhuma poesia para você,
Finge que eu nunca existi,
Finjo que você não existe,

E nos fingimos que nunca nos amamos.

E todas aquelas risadas, brigas,  choros, gargalhadas, lágrimas e dores de barriga de tanto rir nunca existiu, por um simples vacilo de ambas partes, ou apenas de um, as lembranças podem ficar, mas preferimos fingir que não existiram. Para não nos machucar novamente? talvez... Talvez mesmo para não tocarmos na ferida que talvez esteja cicatrizando, ou fingimos estar para tentar nos sentirmos melhores.